59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

HIV: ANÁLISE DA MORTALIDADE E DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES NO BRASIL NA ÚLTIMA DÉCADA

OBJETIVO

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) constitui uma epidemia global que vem sofrendo transformações expressivas ao longo do tempo. Dada a sua importância, esse estudo tem por objetivo analisar a epidemiologia das internações e mortes por HIV no Brasil durante a última década.

MÉTODOS

Estudo descritivo e retrospectivo sobre o número de internações e mortalidade por HIV no Brasil nos anos de 2010 a 2020. Os dados foram obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). As variáveis utilizadas foram óbitos, numero de internações, faixa etária, sexo, unidade de federação e raça. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética pois trata-se de um estudo de banco de dados público.

RESULTADOS

Constatou-se, no Brasil, um total de 361.717 internações e 43.650 óbitos por HIV na última década. As regiões com maior número de internações foram a Sudeste (36,98%) e Nordeste (25,87%); as regiões Sul e Norte apresentaram 21,37% e 8,36%, respectivamente. A região com maior mortalidade foi a Sudeste (36,36%); seguida pela Nordeste (24,13%), Sul (21,55%) e Norte (11,6%). A região Centro-Oeste teve o menor número de internações (7,4%) e óbitos (6,35%). Do total de interações, 231.246 eram do sexo masculino (63,93%) e 130.471 do sexo feminino (36,06%). Quanto ao número de óbitos, 28.921 eram do sexo masculino (66,25%) e 14.729 do sexo feminino (33,74%). As internações predominaram em indivíduos de 30 a 39 anos (31,29%), 40 a 49 anos (28,98%) e acima de 50 anos (20,46%). Indivíduos de 20 a 29 anos representaram 15,43% do total de internações. A faixa etária com maior mortalidade foi entre 40 a 49 anos, representando 30% do número total; em seguida, 30 a 39 anos (29,71%) e acima de 50 (25,62%). Dos óbitos totais, 13,21% acometeram indivíduos de 20 a 29 anos. Jovens menores de 20 anos apresentaram o menor número de internações (3,81%) e óbitos (1,46%). A raça branca teve o maior número de internações (33,3%), seguida pela parda (32,58%) e negra (7%). As mortes predominaram na raça parda (32,84%), em comparação à branca (29,4%) e à negra (6,44%).

CONCLUSÕES

A partir do estudo, nota-se uma prevalência no numero total de internações e óbitos na regiao sudeste e no sexo masculino. O maior número de internações foi entre 30 a 39 anos e de mortalidade entre 40 a 49 anos. A raça branca apresentou maior risco para o número de internações, enquanto a parda teve o maior número de óbitos.

PALAVRA CHAVE

HIV; Mortalidade; Internações.

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

Bruna Zanatta de Freitas, Eduardo Cattapan Piovesan, Déborah Glimm, Elisa Presotto Costacurta, Francisco Costa Beber Lemanski, Laura Paggiarin Skonieski, Silvane Nenê Portela, Gabriela Kohl Hammacher

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