59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS GESTACIONAL EM CURITIBA/PR

OBJETIVO

Analisar os índices epidemiológicos relativos aos casos notificados de sífilis gestacional na cidade de Curitiba, Paraná, no período entre 2014 a 2019.

MÉTODOS

Estudo epidemiológico descritivo, que utilizou análise de dados públicos do Departamento de Informática do SUS por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, que possui um formulário padronizado com informações sociodemográficas e clínicas preenchidas por profissionais de saúde pela ficha de notificação compulsória. Foram incluídos no estudo pacientes notificados com sífilis gestacional em Curitiba no período de 2014 a 2019. As variáveis analisadas foram selecionadas por meio de informações presentes no SINAN referente a sífilis gestacional, que inclui: variáveis sociodemográficas maternas na sífilis gestacional (faixa etária, escolaridade, raça ou cor) e variáves da sífilis gestacional (momento do diagnóstico, esquema de tratamento e classificação clínica no momento do diagnóstico). Para realizar a análise desses dados, foram utilizados programas estatísticos de distribuição livre, e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Estudos Superiores Positivo.

RESULTADOS

Foram identificados 2.599 casos de sífilis gestacional no período de 2014 a 2019. Em 2019 (21,7/1.000 nascidos vivos) foi identificado o maior coeficiente de prevalência da sífilis gestacional, o que representou um aumento de 69,53% quando comparado ao mesmo coeficiente em 2014 (12,8/1.000 nascidos vivos). Em 2017 houve 474 casos de sífilis gestacional, representando a maioria dos casos de sífilis em gestante com 18,23%. 55,1% das grávidas diagnosticadas com a doença encontravam-se na faixa etária de 20-29 anos, mais de 2/3 eram brancas (79,8%), 22,2% tinham escolaridade ignorada, e 21,8% com 5ª a 8ª série incompleta. Sobre o diagnóstico, 48,9% dos casos foram diagnosticados no primeiro trimestre da gestação, ao passo que o diagnóstico no terceiro trimestre foi o menos frequente, com 21,9%. Em relação a classificação clínica no momento do diagnóstico, a sífilis latente representou a maioria dos casos (88,9%), seguidos pela sífilis primária (5,2%), sífilis terciária (1,9%) e sífilis secundária (0,8%). O esquema de tratamento mais utilizado foi com a penicilina (90,8%), contudo 8,6% das gestantes não realizaram tratamento.

CONCLUSÕES

Diante do exposto, conclui-se que o número de casos notificados da sífilis gestacional ainda é expressivo e vem aumentando com o tempo.

PALAVRA CHAVE

Sífilis Gestacional; Perfil Epidemiológico

Área

OBSTETRÍCIA - Epidemiologia

Autores

Jan Pawel Andrade Pachnicki, Isabella Kohatsu Arakaki, Giorgia Souza Franco, Wellidha Bianca Rocha Amado, Eduardo Massaro Yamashita, Somaia Reda, Marcos Takimura

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