59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

ESTRATIFICAÇÃO NA ENTRADA DO SERVIÇO E RELAÇÃO COM DESFECHO DO PARTO EM UMA MATERNIDADE DE JOÃO PESSOA

OBJETIVO

A estratificação de risco frente às urgências e intercorrências obstétricas é de extrema importância para criação do fluxo hospitalar e dos atendimentos às gestantes, capaz de prevenir complicações e restabelecer a saúde das pacientes. O estudo tem o objetivo de analisar a ferramenta de acolhimento e classificação diante da capacidade de reconhecimento dos agravos no atendimento obstétrico do hospital e sua influência nos desfechos da gestação.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal retrospectivo observacional. Foram analisados 624 prontuários de gestantes que necessitaram de internação em UTI referentes aos anos de 2016 a 2020 em uma maternidade de referência do Estado da Paraíba. As classificações vermelha, laranja e amarela foram registradas como de alto risco, e as verde e azul como risco habitual. Foi aplicado o teste qui-quadrado nos dados para verificar se existe relação significativa entre a classificação de risco na admissão com seu desfecho de gestação, o teste mostrou (p-valor < 0,05) que existe uma associação significativa entre as duas variáveis.

RESULTADOS

Dentre os 624 prontuários, 304 foram estratificados como risco habitual, 263 como alto risco e 57 não foram estratificados ou não foram informados.
Os de risco habitual apresentaram 182 cesáreas (60%), 43 partos vaginais (14%), 16 altas da paciente ainda gestante (5,1%), 14 abortos (4,5%), 8 laparotomias (2,6%), 4 partos/abortos antes da internação (1,3%), 3 histerectomias (1%), 36 outros (11,7%).
Nos casos de alto risco, 187 cesáreas (71,1%), 19 partos vaginais (7,2%), 15 altas da paciente ainda gestante (5,7%), 12 abortos (4,5%), 6 laparotomias (2,3%), 6 partos/abortos antes da internação (2,3%), 3 histerectomias (1,1%), 1 transferência para serviço de maior complexidade (0,4%), 14 outros (5,3%).

CONCLUSÕES

Ao traçar uma comparação entre os desfechos e a classificação de risco, há uma maior taxa percentual de altas da paciente ainda gestantes na categoria de alto risco, enquanto o número de partos vaginais é maior nas de risco habitual. Por serem internações em UTI, a amostra de pacientes já confere gravidade maior ao quadro, porém existe um número maior de internações das mulheres estratificadas como risco habitual durante a admissão quando comparado às de alto risco. São necessários, portanto, outros estudos para identificar os motivos pelos quais há esse número maior de internações, e entender a assertividade do modelo de categorização atual na prevenção de agravos.

PALAVRA CHAVE

Gestação de alto risco

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

Thaíza Cavalcante de Lacerda, Luiz Felipe Nogueira De Figueiredo Lobo , Clarissa Giovana Luna De Oliveira , Maysa Ramos De Lima, Jaylane Da Silva Santos, Júlia De Melo Nunes, Lídia Dayse Araújo de Souza, Viviane Meneghetti Ugulino Azevedo Isidro

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