59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

IMPACTO DA SAÚDE MATERNO-FETAL E NEONATAL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

OBJETIVO

Conhecer o impacto da pandemia da COVID-19 na saúde materno-fetal e neonatal.

FONTE DE DADOS

Realizada revisão sistemática, utilizando as bases de dados SciELO, PubMed e Google Acadêmico, por meio dos descritores “Coronavírus” e “Gravidez”. Foi utilizado operador booleano “AND”.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Feita seleção de 23 artigos, sendo excluídos monografias, teses, dissertações e publicações em duplicidade nas bases de dados. Reunidas pesquisas publicadas de março de 2020 a junho de 2021.

COLETA DE DADOS

As variáveis foram as das carteiras de pré-natal, ultrassonografias, idade gestacional no momento de nascimento da criança e da contaminação por COVID-19 durante a gestação e sintomas, necessidade de antecipação do parto, tipo de parto, internação UTI; complicações perinatais, Apgar e peso do recém-nascido (RN). Os dados mais relevantes ao intuito da revisão foram aproveitados.

SÍNTESE DE DADOS

Estudos sobre RN de gestantes infectadas pelo COVID-19, apresentaram alterações na frequência cardíaca fetal anteparto e parto prematuro, sendo recomendado a vigilância fetal durante o pré-natal, bem como a avaliação do crescimento intrauterino. Não há comprovação de transmissão vertical da infecção. Salienta-se a importância do isolamento das gestantes, sendo a telemedicina uma alternativa de manter o contato da paciente com equipe multidisciplinar sem expor mãe e feto a contaminação viral. Entretanto, para aquelas que são consideradas de alto risco, o pré-natal deve seguir normalmente, realizando o controle e avaliação de possíveis repercussões das doenças para a mãe e feto. Além disso, é possível relatar falhas assistenciais no manejo de gestantes contaminadas, sendo que grande parte não receberam qualquer tipo de assistência ventilatória, leito de UTI e mais de um terço delas não foram intubadas. Ressalta-se o racismo estrutural, concluindo que mulheres pretas foram hospitalizadas em condições de gravidade pior e com maior grau de admissibilidade em UTI, observa-se risco de morte duas vezes maior em comparação com mulheres brancas. Há indícios de maior taxa de aborto a gestantes injuriadas por COVID-19.

CONCLUSÕES

Mais estudos precisam ser realizados para o melhor entendimento dos desfechos clínicos maternos, fetais e neonatais da SARS-CoV-2 durante a gestação, a fim de contribuir para tomada de decisões terapêuticas. Ressalta-se a importância da capacitação de profissionais de saúde para o manejo adequado do paciente, garantindo assim a saúde materno-fetal e do RN.

PALAVRA-CHAVE

Coronavírus; Complicações Infecciosas na Gravidez; Recém-Nascido; Gestação

Área

OBSTETRÍCIA - Doenças Infecciosas

Autores

Maria Luisa Suarez Gutiérrez Cella, Luan Lucas Valins da Silveira

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