59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

CHOQUE HEMORRÁGICO PÓS PARTO CESÁREO COM TROMBOFLEBITE PÉLVICA SÉPTICA: UM RELATO DE CASO.

CONTEXTO

As complicações puerperais são divididas em imediatas, em até 24 horas pós parto, e tardias. Dentre elas, as hemorragias puerperais podem evoluir rapidamente para choque hemorrágico se não diagnosticadas precocemente. Já no puerpério tardio, as infecções puerperais são as afecções mais comuns, e podem ser descritas como qualquer infecção bacteriana do trato genital pós parto. Dentre elas, a flebite séptica, em que uma inflamação proveniente do útero ou do paramétrio se estende por contiguidade para trajetos venosos, condição mais comum nas mulheres submetidas a cesariana ou procedimentos invasivos.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente feminina, 41 anos, previamente hígida, submetida à parto cesáreo eletivo. Em 18 horas, evoluiu com hipotensão, dor abdominal de intensidade moderada e palidez de mucosas. Não foi evidenciado sangramento vaginal ativo. Ao exame físico, útero de consistência hipotônica. Foi realizada laparotomia de urgência pela hipótese de choque hemorrágico. Na ocasião, foi realizada histerectomia subtotal terapêutica, com melhora significativa de parâmetros hemodinâmicos. Paciente recebeu alta com uso de heparina profilática. No vigésimo segundo dia de puerpério, procurou maternidade com febre, lombalgia e dor torácica ventilatório dependente. Tomografia computadorizada evidenciou derrame pleural associado à atelectasia, líquido livre em cavidade abdominal desde o hipocôndrio, varizes de veias pélvicas e linfonodomegalia periportal. Levantada as hipóteses diagnósticas de abscesso pélvico e tromboflebite pélvica séptica, paciente recebeu tratamento empírico com heparina em dose plena associada à antibioticoterapia por 14 dias, recebendo alta em boas condições.

COMENTÁRIOS

As complicações puerperais se mostram cada vez mais presentes, principalmente devido à falta de conhecimento com os cuidados essenciais nesse período e devem ser reconhecidas para redução das morbimortalidades. Um dos elementos mais cruciais do controle das hemorragias obstétricas é definir sua gravidade. Sempre que há indícios de sangramento excessivo em gestante, devem ser tomadas medidas simultâneas para detectar a origem da hemorragia e iniciar a reanimação, já que o tratamento específico depende da causa. Já no caso das infecções puerperais, a antibioticoterapia precoce previne evolução do quadro para sepse. O advento dos antibióticos inclusive diminuiu muito o coeficiente de mortalidade e a necessidade de intervenção cirúrgica nessas infecções

PALAVRA CHAVE

Choque hemorrágico; Tromboflebite; Sepse; Complicações puerperais.

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

Lara Carolina Castro Oliveira, Letícia Esteves Oliveira Silva, Maira Pamplona Faria, Maria Luiza Castro Coelho, Mariana Oliveira Azevedo, Nádia Lucia Meneses, Rafaela Silveira Tafuri Mota

Adicione na sua agenda: AppleGoogleOffice 365OutlookOutlook.comYahoo