59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

REGRESSÃO DE MALFORMAÇÃO ADENOMATÓIDE CÍSTICA COM USO DE CORTICOSTERÓIDES – RELATO DE CASO

CONTEXTO

A malformação adenomatóide cística (MAC) é uma doença congênita que se configura em cistos que preenchem o parênquima pulmonar. Frequentemente ela causa insuficiência respiratória em recém-nascidos. Grande parte dos diagnósticos são realizados intra útero, porém também pode ser detectada no período neonatal ou no início da infância. O seu tratamento é cirúrgico e é realizado para evitar complicações. Nos bebês assintomáticos, é recomendado uma lobectomia até os primeiros 6 meses de vida, já nos sintomáticos é preciso uma cirurgia que intervenha urgentemente.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

LFP, 30 anos, foi submetida a Ultrassonografia com Doppler no dia 26/03/2021, momento em que estava com 23 semanas de gestação. Foi identificada malformação adenomatóide cística pulmonar à direita sem outras malformações. No dia 26/04/2021, com 28 semanas de gestação, foi realizada nova Ultrassonografia obstétrica para reavaliação apresentando o mesmo achado. Foi instituído tratamento para a regressão da lesão usando corticosteróide intra útero, a partir da 29ª semana de gestação. No dia 20/05/2021 foi realizado Doppler colorido onde não foram verificadas alterações quanto ao fluxo útero-placentário e feto-placentário. Perfil biofísico fetal e função miocárdica normais. Em 01/07/2021, com 37 semanas de gestação foi realizada nova ultrassonografia obstétrica com Doppler onde foi observada regressão da malformação adenomatóide cística e não foram encontradas outras alterações. O feto estava dentro dos parâmetros biométricos esperados para a idade gestacional. O bebê nasceu a termo com APGAR de 8 no primeiro minuto e 10 no quinto minuto.

COMENTÁRIOS

A MAC, quando identificada precocemente, ainda vida fetal, pode ser tratada com a administração de corticosteróides por via materna, sendo essa uma alternativa terapêutica de natureza não invasiva, que tem ação satisfatória na resolução do quadro. Evitando, assim, os risos de complicações de uma lobectomia pós-natal, como pneumonia e hemotórax.

PALAVRA CHAVE

Malformação fetal; Malformação pulmão; Medicina fetal

Área

OBSTETRÍCIA - Medicina Fetal

Autores

Lívia Pereira do Vaz, Eduardo Henrique de Sousa Lima, Eloá de Andrade Ferreira, Waldemar Naves do Amaral

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