59º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia

Dados do Trabalho


TÍTULO

DESFECHOS OBSTÉTRICOS DE PACIENTES INTERNADAS EM UTI COM COVID-19.

OBJETIVO

Avaliar os resultados e desfechos de pacientes grávidas com infecção por COVID-19 grave internadas em UTI materna.

MÉTODOS

Estudo retrospectivo, transversal, descritivo e quantitativo, realizado a partir do banco de dados de uma UTI materna de Maternidade terciária de referência do norte do Brasil. Foram analisados os desfechos obstétricos e o perfil das pacientes internadas no período de janeiro a março de 2021 e avaliados as seguintes variáveis: idade, procedência, idade gestacional no momento da internação, tempo de internação, necessidade de intubação orotraqueal (IOT), tempo de intubação, comorbidades existentes, medicamentos utilizados e desfecho materno. Os resultados foram inseridos em um formulário no Google Forms e tabelas e gráficos foram desenvolvidos utilizando a planilha do programa Excel.

RESULTADOS

Foram avaliados 10 casos no período do estudo, assim distribuídos: 7 (70%) em janeiro, 1 (10%) em fevereiro e 2 (20%) em março. De acordo com a faixa etária encontramos: 70% entre 25 a 33 anos, 20% entre 34 e 42 anos e 10% entre 16 a 24 anos. A procedência das pacientes era 90% da capital e 10% do interior do estado. Com relação a presença de comorbidades 80% não tinha nenhuma, 10% tinham Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e 10% tinham Tuberculose. Do total de pacientes 60% precisou de Intubação orotraqueal (IOT), sendo que 40% permaneceram acima de 7 dias intubadas. Quanto ao desfecho materno 50% tiveram alta curada, 10% foram a óbito e 40% foram transferidas para UTI específica para tratamento de Covid-19 em outra instituição. Quanto ao uso de medicamentos 100% necessitaram de antibióticos, 90% de anticoagulantes, 80% de corticoides, 4% de Aseltomivir, 3% de drogas vasopressoras, 1% de Colchicina, 1% de Hidroxicloroquina, 1% de Ivermectina e 10% de Loperamida.

CONCLUSÕES

A infecção por Covid-19 em grávidas, no período de janeiro a março de 2021, foi considerado o pior momento da pandemia no Brasil, elevando o número de infectados e da mortalidade nessa população. A dificuldade de acesso ao tratamento nas fases iniciais, aos serviços de assistência pré-natal, somado a falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva na capital e interior, causou um impacto negativo nos desfechos obstétricos, elevando a necessidade de IOT, tempo de internação e morbimortalidade.

PALAVRA CHAVE

Mortalidade materna, Covid-19, infecção em grávidas, gravidez de alto risco.

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de Alto Risco

Autores

Patricia Leite Brito, Maria Laura Brunelli Innocente, Sol Yasmin do Amaral Vital

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